quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Ministério da Justiça reconhece incêndios criminosos e adota medidas para combater atos de vandalismo


O secretário executivo do ministério da Justiça, Rafael Favetti reconheceu os incêndios criminosos que vem ocorrendo no setor de transporte de veículos novos em todo o país. Durante reunião com o presidente do Sintrave-GO, Afonso Rodrigues de Carvalho (Magayver) e com outros líderes sindicais da categoria, na semana passada em Brasília, anunciou que o ministério da Justiça vai ver de perto a questão do cartel, acrescentando que a Polícia Federal já abriu inquérito para apurar os fatos, principalmente a questão dos incêndios criminosos contra caminhões-cegonha. “Veremos a questão do cartel. A Polícia Federal já abriu inquérito para tratar do assunto”, afirmou.
Em 2004, a Polícia Federal, por meio do inquérito 264, confirmou a existência do cartel, detectou suas ramificações e indiciou seis pessoas. Depois, com novos desdobramentos, o Ministério Público Federal denunciou 13 pessoas por crimes de formação de cartel e de quadrilha, dentre elas, 11 executivos de transportadoras de veículos, o ex-presidente do Sindican, Aliberto Alves e o presidente da ANTV, Luis Salvador Ferrari.
Noutra ação penal, a Justiça Federal condenou em primeira instância, também por crime de formação de cartel, Aliberto Alves, Paulo Roberto Guedes, ex-presidente da ANTV e Luiz Moan Yabiku Júnior, diretor para assuntos institucionais da General Motors do Brasil, “mas as cosias continuam da mesma forma”, segundo o presidente do Sintrave-GO.
Durante a audiência em Brasília, Magayver voltou a denunciar a imposição de preços abusivos para os fretes e a existência de práticas para impedir a livre concorrência no setor, fato que foi constatado pela Polícia Federal e que faz parte da denúncia feita pelo Ministério Público Federal e aceita pela Justiça Federal, contra os 13 réus. Ele reafirmou que nos últimos 12 meses, 16 caminhões-cegonha foram incendiados de maneira criminosa quando seus motoristas dormiam em postos de combustíveis. O caso mais recente aconteceu no dia 14 de setembro, em um posto de combustível do município baiano de Ibotirama.

Autorizado pernoite de cegonheiros em todos os postos da Polícia Rodoviária Federal

29/09/2010 - O coordenador-geral da Polícia Rodoviária Federal, Álvares de Souza Simões, assegurou hoje, em Brasília, para a comitiva de representantes do Sindicato dos Cegonheiros do Estado de Goiás (Sintrave-GO), que irá determinar que todos os postos da Polícia Rodoviária Federal no País, a partir de agora, abriguem, quando necessário, cegonheiros para pernoite. A medida, comemorada pelo presidente do Sintrave-GO, Afonso Rodrigues de Cavalho, irá evitar que novos ataques criminosos possam ocorrer em caminhões-cegonha durante a noite, quando precisam parar para pernoitar em postos de combustíveis localizados às margens das rodovias.
A decisão surgiu depois que 44 caminhões-cegonha amanheceram em frente ao prédio do ministério da Justiça, em Brasília. Três integrantes do movimento foram recebidos por Ana patrícia Nogueira, coordenadora-geral do gabinete do ministro da Justiça. Os cegonheiros fizeram, durante todo o dia, um protesto ordenado contra os incêndios criminosos que
Vem ocorrendo especialmente nos últimos meses. De acordo com dados do sindicato, em 18 meses, nada menos do que 18 caminhões-cegonha carregados, foram queimados, sem que até agora, nenhum autor dos atos de vandalismo extremado tenha sido identificado. Há casos de cegonheiros que sofreram, inclusive, sérias queimaduras pelo corpo durante ataque criminoso, normalmente feito utilizando-se coquetel-molotov.
Os cegonheiros, acampados em frente ao prédio do ministério da Justiça também estavam usando camisetas com inscrições a respeito da morte de Mário Sérgio Gabardo, ocorrida na noite do dia 29 de setembro de 2005, no Rio Grande do Sul. “Este crime, que exatamente hoje completa cinco anos sem que nenhuma autoridade tenha apresentado o responsável pela sua autoria, é outro motivo do nosso protesto”, ressaltou Magayver, acrescentando que Mário era um dos filiados ao sindicato. Ele atribui o fato ao completo descaso com que as autoridades trataram o crime.


“Há no país uma grande organização criminosa que quer, a qualquer custo, aniquilar a livre concorrência, superfaturando o preço dos fretes. Isso que vem causando enormes prejuízos aos consumidores brasileiros”, disse Carvalho. Segundo ele, os cegonheiros estão trabalhando em permanente clima de tensão.

fonte www.anticartel.com

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